11 de dez. de 2010

GMABH


Ops...
estamos orando por esta igreja!!!



Calma Cróvis! - Cronicas

Unhas comidas, noites mal dormidas, pensamentos obsessivos, apetite comprometido... A ansiedade é uma :...................... (complete a frase com a palavra que achar mais apropriada). Eu escolhi "chatice". Caramba, como é ruim estar ansioso. O motivo pode ser um perigo, real ou imaginário, assim como um evento muito esperado, `as vésperas de acontecer, como uma oportunidade de emprego, um namoro, entre tantos outros...

Seja lá qual for o motivo, estar ansioso nos tira a concentração, compromete o raciocínio, humor e, não raramente, pode gerar expectativas que, não alcançadas, geram frustrações. Já as frustrações podem levar `a depressão e aí ninguém merece, concorda?

Analisando a ansiedade em minha vida percebi que gera preocupação, notei então que a preocupação nada mais é que uma %u201Cprévia ocupação%u201D, algo que demanda meus recursos mentais, meu ânimo, atrapalha com o que estou realmente ocupado no momento e não ajuda em nada na resolução da situação geradora da ansiedade.

Como hoje não tenho mais tempo a perder como já tive um dia, se meu rendimento, como profissional por exemplo, for comprometido, terei muito a perder, tenho procurado utilizar uma receita bem simplória, tipo bolinho de chuva:

- Entrego meu caminho ao Senhor Jesus, confio nEle e creio que, as demais coisas, Ele mesmo fará...

É lógico que não vou ficar esperando as coisas se resolverem sozinhas, isso seria coisa de derrotado, mas não vou me ocupar com pensamentos angustiantes que não cabem ao momento. Cada coisa na sua hora.

Que tal? Fez sentido?

Examine o homem a si mesmo


Temos realmente condições de nos auto-avaliarmos?

Existem apenas dois cerimoniais obrigatórios no Cristianismo: O Batismo e a Ceia.

Certamente, muitos dirão que a necessidade de estarmos numa igreja, cumprindo horários, escalas, obrigações junto a líderes, grupos, e o que seja, é algo importantíssimo para a “obra”, que tem que continuar a qualquer preço. Nada disso foi imposto por Jesus. Ele disse simplesmente: “Ide”.

Tal afirmação deverá ser um alívio para aqueles que estão submersos no ativismo religioso, e sentem-se culpados quando cansaço – por muitos tratado como um pecado quase imperdoável – vem nos arrastar para cavernas isoladas, longe das vozes dos irmãos que um dia amamos tanto, mas curiosamente, passaram a nos incomodar, e em alguns casos, nos irritar profundamente.

Quantos pastores secretamente clamam por um “sabá”? Um dia inteiro de descanso, sem nenhuma obrigação de serem os profissionais da fé, obrigados a ter as respostas para todas as dores, de engolir todos os desaforos, de serem tratados como uma ferramenta ótima no momento da dor, de terem sempre uma nova Palavra.

Examine o homem a si mesmo – ordenou Paulo, antes da Ceia.

Ceia é estar juntos com os nossos numa mesa, reunidos com a mesma intenção, celebrando a mesma crença, e nesta mesa, o auto da “Crença” também deve estar. Um momento comum. Comunhão.

Quanto a me auto-examinar, como assim ordenou o apóstolo dos gentios, parece-me um voto de confiança que não mereço: sou parcial, ou me julgo indigno e porco, errado e profano, incompleto e vil, ou vou ao extremo de achar que sou digno e merecedor, que tenho méritos e capacidades, honrarias e admiradores.

Normalmente, após quase vinte anos de Caminho, se pudesse, escolheria não examinar. Descansar um pouco desta guerra sem fim. Prefiro imaginar que Ele, para minha vergonha e humilhação, sentou-se novamente a minha frente, descamisado, e pôs-se a lavar meus pés, de unhas encravadas, com toda a espécie de joanete e olho-de-peixe. Imagino o Mestre franzindo a testa por conta do odor de queijo que sobe de entre os dedos.

Estranhamente, nessa imerecida limpeza, relaxo, esqueço das minhas burradas, e vejo que Ele já as esqueceu faz tempo.

Respiro aliviado ao ver que minhas parcas obras não me fazem indignos da mesa, assim como meus piores pecados, dissolvidos nas mãos furadas que lavaram meus pés.

Meu sabá tão esperado então já está em minha alma, enquanto ainda faço uma oração agradecido, mastigando o pão, dissolvido com o suco da uva. Mas um check-point nesta caminhada.

Estranhamente, quando cria que deveria ter bagagens, vejo que Jesus as remove, e a cada segundo precioso na presença dele, o fardo fica mais leve, apesar dos amigos e irmãos que ainda não perceberam a intenção Dele: aliviar nossos fardos, manter leve nossos jugos.



Zé Luís colabora no Genizah

Mural de Recados.